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“PASSEI 14 DIAS COM MINHA BEBÊ APÓS ELA TER NASCIDO MORTA”, DIZ MÃE

A perda de um filho é capaz de devassar o coração de uma mãe, a reação de cada pessoa é diferente da outra, uma prefere se silenciar,outra grita toda a dor, outras apenas se isolam tentando entender.

A atitude de uma mãe inglesa, se pode dizer que foi bem diferente de lidar com o luto. Muitas pessoas comentaram com espanto.

Emma Woodhouse quando deu a luz, recebeu a terrível notícia de que a filha nasceu morta, a equipe médica não tinha nada a fazer para salvar a bebê. Ela teve filhas gêmeas, Jess e Bella, que já tinham recebido nome.

O desabado de Emma contando que ficou 14 dias com a filha morta, viralizou. Ela teve as meninas com 29 semanas. A gestação foi muito difícil, pois a mãe sofreu com problemas na placenta. A gêmea Bella foi levada imediatamente para a UTI após o parto.

Leia o desabafo da mãe, publicado no jornal britânico The Sun, após ter ficado com a bebê morta durante 14 dias.

“Assim que eu conheci minha filha Jess, eu senti muito amor. Eu não queria tirá-la dos braços. Eu a deixei pertinho do meu peito, foi muito pacífico. Exceto por uma coisa: ela estava morta. Jess e sua irmã gêmea Bella nasceram prematuras com 29 semanas de gestação após eu ter problemas na minha placenta. Quando vieram ao mundo, os médicos conseguiram salvar Bella e amandaram para a UTI neonatal imediatamente, mas Jess nasceu morta. Eu nunca vou me esquecer do meu marido me dando duas notícias: uma maravilhosa e outra terrível. Uma das nossas filhas tinha conseguido sobreviver, a outra não. Na hora eu fiquei chocada e me senti até doente. Mas assim que colocaram a Jess no meu colo, eu senti uma paz e um amor tão grandes. Eu e meu marido ficamos 12 horas com a Jess até que seus lábios começaram a escurecer.

Os médicos então nos falaram de uma espécie de berço com refrigeração que permite que o bebê natimorto possa passar mais tempo com os pais e perguntou se queríamos e aceitamos. Quando a colocaram no berço, ela já ficou mais rosada, foi bom poder ver como ela seria se as coisas tivessem sido diferentes. Meus outros três filhos vieram nos visitar no hospital. Perguntei a equipe do hospital como deveria explicar para eles sobre a irmã falecida e eles falaram para contar a eles que a irmã havia morrido e deixa-los lidar com a situação do jeito deles. As crianças brincaram perto de Jess e conversaram com ela.

Eu também ia constantemente visitar minha filha Bella na UTI neonatal e algumas vezes levava a Jess comigo. Ver as duas juntas fazia eu me sentir completa. Eu finalmente era a mãe de gêmeas, algo que havia sonhado ao longo da minha gravidez. Uma semana após o parto, a Bella teve seus tubos retirados e eu pude carrega-la no colo pela primeira vez.

Segurar Bella e Jess no meu colo ao mesmo tempo foi um dos momentos mais preciosos da minha vida.

Durante duas semanas eu cuidei da Jess, cantei para ela,a beijei, abracei, dei colo. E então chegou a hora de me despedir. Eu não queria deixa-la, mas era necessário. Seu enterro ocorreu no dia 5 de julho.

No dia 6 de agosto, a Bella recebeu alta do hospital e nós voltamos para casa como uma família de seis pessoas e não de sete, como gostaríamos.

Eu sei que muita gente pode achar estranho o fato de eu ter passado duas semanas com minha bebê natimorta, mas eu não ligo. Ela cresceu dentro de mim por sete meses e foi importante poder ter ficado esses 14 dias com ela”.

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