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Lição de empatia: mulher senta no chão ao lado de mãe que chora sem parar, a abraça e consola

Bertha Melmam Brunchport, 41 anos, é uma gerente de franquias que estava em uma loja de brinquedos trocando presentes que o filho Luiz de 8, ganhou de aniversário, quando se deparou com uma cena que a tocou.

Uma mãe exausta, desesperada com o filho gritando e chorando por colo, naqueles momentos que eles estão descontrolados, e então veio a parte mais desconcertante.

“Ela não conseguia pegá-lo. Foi quando ele cuspiu nela e eu percebi que ela precisava muito de um abraço. Poderia ter sido comigo ou com qualquer outra mãe”, disse, em entrevista à CRESCER.

Ela contou que desde que chegou na loja, já percebeu o que se passava com a mãe e o menino.

“Eu só conseguia prestar atenção na fala alta de um garotinho. Mais ao fundo da loja, encontrei-o junto à mãe, que se equilibrava entre bolsa, sacolas, carrinho com compras de mercado. O menino devia ter uns 2 anos e queria colo. Ele chorava muito, mas ela tentava convencê-lo de que não conseguiria carregá-lo. Ela tentava pegá-lo, mas ele estava muito irritado. Batia as pernas, se jogava para trás e para frente. O aspecto de cansaço naquela mãe era visível e eu não conseguia desviar o foco deles”

“Na hora eu me lembrei que já havia passado por aquela cena algumas vezes. Quando meu filho era pequeno ele chorava muito, dava trabalho”, contou.

Quando ele passou a cuspir, ela disse que não conseguiu se conter e sentiu que só ficaria tranqüila se apoiasse aquela mãe naquele momento.

 “Aquela foi a gota d´água para mim. Não em relação ao comportamento do menino, mas sim em ver que eu precisava ajudar aquela mãe, que já sem forças, se sentou no chão, largou tudo que estava segurando e, como um bebê assustado, começou a chorar de soluçar. Perguntei se eu podia abraçá-la. Ela aceitou e ficamos ali por alguns minutos”, conta. 

Berta contou que a mulher chorava e dizia que estava exausta, que sentia sono, que não dormia direita há tempo.

Além do menino de cerca de 2 anos, ela também tinha um bebê de 3 meses, que estava em casa com o marido.

“Ela me contou essa história, dizendo que estava fazendo tudo errado. Ela apontava aquela cena e se sentia culpada por ela. Pedia desculpas pelo comportamento do filho, dizia que errou ao educá-lo, que só precisava dormir, estava muito cansada. Eu a ouvia e peguei um lencinho que tinha na bolsa. Limpei seu rosto com cuidado e tentei acalmá-la dizendo que nós erramos tentando acertar. Que estava tudo bem. E ela apertava tão forte a minha mão que até doía.” 

Uma vendedora distraiu o menino com uma bola, e ele então se acalmou, já a mãe levou mais tempo.

“De repente, ela respirou bem fundo, se levantou, ergueu a cabeça, nos agradeceu muito e foi embora. “Havia muita gente na loja. A maioria deles apenas olhava, cochichava e pareciam reprovar aquela mãe. Imagino que entre os comentários, devia ter um “Nossa, ai se fosse meu filho!”, “Eu já teria feito algo”, “Meu filho não se joga no chão, não faz birra…”, Muito se fala em empatia, mas pouco se coloca em prática essa palavra.” 

Bertha viu ali uma oportunidade para repensar o impacto das atitudes na vida das outras pessoas, especialmente as mães. “Fiquei pensando: “E se nos ajudássemos mais?”, se em vez de julgamentos tivéssemos sempre uma mão estendida para ajudar?”, diz. Naquele chão, Bertha pôde se ver na outra mãe. E, pelo menos para ela, o dia dois de agosto de 2019 ficará guardado na lembrança. “Sei que a ajudei. Mas no fim das contas fiz um bem danado a mim também. Mal consegui dormir aquela noite pensando no quanto precisamos ser acolhidas. Não importa onde ou como. Só importa nos importarmos”, conclui.

Bertha e o filho Luiz (Foto: Arquivo Pessoal)

Fonte Crescer

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  1. Eu concordo com ela sei que não e facil essa fase minha filha tem 3 anos e esta fazendo birras também e tem muitos que ao inves de nos ajudar só criticão que muitos possão ajudar mais e criticar menos vamos ter mais amor umas com as outras

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