Familiares da jovem de 20 anos, que morreu após procedimento estético, realizado em BH está inconformada, uma dela é a prima da jovem, Silvana Mota Pereira, que disse:
“Não vamos nos calar. Podem passar dias, meses, anos, mas não vamos nos calar. Nós queremos Justiça”.
Edisa de Jesus Solani, 20 anos, faleceu na sexta-feira (11/9) em Belo Horizonte (MG). Ela fez um procedimento estético de lipoescultura, na qual foi realizado dois procedimentos de enxertos, na Clínica Belíssima Cirurgia Plástica, localizada no bairro Savassi.
Um mês antes, a cabeleireira esteve na clínica para sua primeira consulta, fez os exames solicitados e entregou ao médico cardiologista que, não autorizou a cirurgia, pois o exame de risco cirúrgico apontou que ela estava com infecção urinária.
Após o tratamento e tendo feito novos exames, outra cardiologista liberou Edisa para o procedimento cirúrgico, mas informando o risco cirúrgico, conforme foi entregue na clínica e que agora está com a Polícia.
Em entrevista ao jornal Extra, a prima da jovem, Silvana Mota:
“Quando ela passou na nova cardiologista, ela autorizou, mas escreveu no risco cirúrgico que ela tinha uma pequena mancha no coração. Isso não impede quaisquer tipo de cirurgia, mas exige que tudo seja feito em um hospital, que tenha estrutura e equipamentos de UTI, caso seja necessário, se houver algum problema. Ela entregou a pasta para secretária, que devolveu tudo, inclusive o documento do risco cirúrgico. Eles não poderiam devolver, isso fica com a clínica no prontuário. Foi a partir daí que comecei a desconfiar e a investigar a clínica”
O valor total da cirurgia foi R$ 11.800, sendo que, R$ 7 mil foi depositado 5 cinco dias antes do procedimento cirúrgico e o restante a jovem pagou no dia da cirurgia.
O procedimento levou cerca de duas horas, a cabeleireira foi levada para um quarto e só despertou cinco horas depois dizendo que sentia dores. Enfermeiras chamaram médico responsável pelo procedimento, Joshemar Fernandes Heringer, ele aplicou uma medicação e ela voltou a dormir.
Mais tarde a paciente teve um mal súbito, os médicos pediram uma ambulância que a levou para o Hospital Felício Rocho, mas 12 horas depois ela não resistiu.
“As últimas palavras delas foram “estou com fome” e “sinto muita dor”. O médico aplicou algum medicamento nela e saiu, mas não falou o que estava dando a ela. Na ambulância, nem tinha enfermeiro, só o motorista. O anestesista teve que ir junto com ela, e o médico que fez a cirurgia foi no carro particular dele. Não permitiram que a Samea ficasse no hospital, porque a Edisa foi para UTI. Por volta das 4h30 de sábado, dia 12, ligaram pedindo para a família ir lá. Ela tinha morrido. No atestado, colocaram como embolia pulmonar”, contou a prima ao Extra.
Na última segunda-feira (14/9), o corpo da jovem foi sepultado. parentes e familiares estiveram em frente a clínica fazendo protesto.
“Nós só buscamos justiça, não queremos dinheiro. Somos pobres, mas não vamos deixar a morte dela passar em vão. A mãe dela está muito mal, não come direito e só se alimentar de ódio e tristeza, essa é a realidade. A Edisa era jovem maravilhosa, cheia de sonhos, abriu a própria estética, gostava de viajar e se aproveitar a vida. Tentou fazer esse procedimento no ano passado, mas consegui tirar isso da cabeça dela. Desta vez, ela disse que queria chegar nos 21 anos (completaria em novembro) sem a “pochete”. Queria ficar “beautiful”, como ela sempre dizia. No fim, perdemos ela” disse a prima.