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Explosão em apartamento: ‘A vida da gente não tem mais sentido’, diz mãe de vítima

No dia 29 de junho, um explosão em uma apartamento no  o 6º andar no prédio Água Verde, em Curitiba, causou a morte do menino Matheus Lamb, de 11 anos.

Matheus foi arremessado para fora do apartamento devido à explosão, que possivelmente tenha sido causada por um produto que um técnico estava usando para impermeabilizar um sofá novo,  e com a força do impacto, as paredes caíram.

O menino estava na casa da irmã, Raquel Lamb, e do marido dela, Gabriel Araújo, que ficaram feridos na explosão e estão hospitalizados.

Assim como o técnico Caio Santos, eles tiveram queimaduras graves.

Agora, Marcilei Lamb e Gilmar Lamb, pais da vítima, falaram pela primeira vez sobre o caso.

“A vida da gente não tem mais sentido. Ele era nosso futuro, nosso sonho. Ele foi arrancado da gente”, afirma a mãe Marcilei Lamb. Ela e Gilmar Lamb, pai da vítima, querem que a morte do filho não fique impune.

“Até hoje a gente acorda de manhã e pensa: ‘vamos viver mais um dia’. Só por hoje, né. Porque a gente não tem mais sonhos. Os nossos sonhos foram enterrados com o nosso filho”, desabafa a mãe.

“Eles estavam felizes que eles tinham comprado o sofá. Eles montaram o apartamento deles e a cada aquisição, cada móvel, era uma alegria. A gente foi pra lá de tarde e o Mateus falou pra mim: ‘tô entrando de férias e vou dormir na Raquel hoje’. Ele amava ficar com a Raquel. A gente sabia que eles iam fazer essa impermeabilização de manhã. Só que eu não vi problema nenhum nisso”, diz a mãe.

Eles ficaram sabendo através de uma assistente social do Hospital Evangélico Mackeinze, que primeiro contou que havia acontecido uma explosão e que Gabriel o genro estava internado.

“Ligou dizendo que tinha tido uma explosão. Eu me desesperei e comecei a perguntar do Mateus e ninguém soube responder”, recorda Gilmar.

Segundo a mãe da vítima, a filha perguntava bastante sobre o irmão. “Daí eu pedi onde que o Mateus tava. Ela disse que ele estava no quarto. Daí veio uma pontinha de esperança. Eu pensei, ele estava no quarto, o lugar mais longe”, conta.

Depois, ela afirma que uma assistente social avisou que o garoto, ainda com vida, estava no Hospital do Trabalhador.

“Quando falou assim que ele foi arremessado do sexto andar eu senti no meu coração que eu tinha perdido ele”, diz a Marcilei.

Ela diz que na hora parecia um pesadelo e que agora continua sendo. “Caiu o mundo”, afirma o pai.

“A Raquel ficou alguns dias na UTI, e a gente achou que ainda não era hora de falar pra ela. A gente tinha muito medo porque eles se amavam muito. Eu tinha medo que ela desistisse, sabe? Que ela fosse desistir de viver, talvez”, recorda a mãe.

Os pais decidiram poupar a filha até aquele momento. No dia em que Raquel foi para o quarto do hospital, eles se prepararam e contaram sobre a morte do irmão. “Ela perguntava o tempo inteiro, e a gente não tinha mais o que falar pra ela”, diz o pai.

“Ela ficou muito chocada. Ela chorava, se desesperava”, recorda Marcieli.

Os sonhos de Mateus

“Ele era uma criança tão carinhosa, tão amorosa, estudioso, ele tinha tantos sonhos. Ele me mostrava o mapa do Brasil e falava: ‘mãe eu vou conhecer tal lugar’. Ele era muito amado por todo mundo”, afirma a mãe.

O que esperam da investigação

“A gente não quer que isso passe impune. Que a vida do meu filho não tenha sido em vão. Que outras famílias não passem pelo sofrimento que a gente tá passando. O que fizeram pra tudo isso acontecer? Pras paredes caírem, pro meu filho ser ejetado do sexto andar?”, desabafa Marcilei.

Fonte: G1

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