Esse pode ser um tema muito sensível por se tratar de nós mesmo, mas não é tão incomum se arrepender por ter tido boas atitude com alguém, com uma dedicação tão grande, que quando o véu da bondade é descortinado por essa pessoa que foi ajudada, mostrando na verdade que só quis se aproveitar da generosidade é possível sentir raiva de si mesmo por não ter conseguido enxergar antes a verdadeira “face” da pessoa.
Esse tipo de experiência ninguém gostaria de ter, mas é preciso aceitar que o arrependimento de ter oferecido ajuda ou apoio, independente da origem, se foi financeira, afetiva ou outros, é uma lição que nos ajuda no amadurecimento. É natural sentir raiva de si mesmo achando que agiu com muita ingenuidade de não ter percebido os sinais de que a tal pessoa não estava nem aí.
Ok aconteceu, agora é hora de se perdoar e não deixar que o “dito” ingrato, tenha o poder de nos transformar em pessoas amargas ou severas.
A experiência nada agradável deve ser considerada nas próximas situações, mas não devemos aceitar nem dar o poder a essa pessoa de nos tornarmos amargurados. Então sentir raiva por um tempo, pode acontecer, só não deixe que dure por muito tempo.
Nessa questão, tem um lado chatinho de se admitir, às vezes o sujeito já aprontou com outras pessoas, mas por uma questão de orgulho ou mesmo ingenuidade, queremos acreditar que conosco será diferente.
Ter um bom coração faz parte da construção de uma pessoa de bem, porém, é importante observar se toda essa bondade não está sendo usada de maneira abusiva. Nesse caso, cabe uma avaliação se está ajudando por boa vontade ou se, de certo modo está havendo uma imposição por parte do outro. Se for assim, saiba que o mais importante é ter seu coração tranquilo e não aceitar chantagem emocional, entendendo que o fato de não se sentir a vontade ou em condições de atender um pedido de ajuda, não significa que a outra pessoa irá se afastar. Se isso acontecer você não perdeu nada.