Mãe luta na justiça para impedir que a filha de 16 anos se torne um homem mudando de sexo, para ela, a decisão da jovem poderá ser “catastrófica” no futuro, isso porque o desejo de mudar de gênero pode ser por ela ter síndrome de Asperger.
O Serviço de Desenvolvimento de Identidade de Gênero (GIDS), de Londres, Inglaterra, ouviu a jovem que quer fazer tratamento no processo de redesignação sexual, na opinião da mãe, a afirmação dos avaliadores está errada, ao concordar “ que realmente é um menino.
Na realidade, a mulher acredita que o desejo da filha de ser homem é motivado pela síndrome de Asperger, uma forma leve de autismo” disseram os profissionais.
Em entrevista ao The Mail on Sunday, a mãe declarou não se conformar em deixar a filha mudar de sexo aos 16 anos, disse ela:
“A questão é muito maior do que apenas a minha filha. Toda a narrativa é que, se seu filho está confuso sobre seu gênero, a transição é o único curso de ação”, e completou: “Não parece haver qualquer discussão sobre outras possibilidades. E isso é bastante assustador”.
Na opinião da mãe, os especialistas estão errando ao sustentar a ideia dos pacientes jovens, com dificuldade para entender os que “verdadeiramente” são pessoas transgêneras, e os jovens que podem estar apenas passando por uma fase.
“As consequências de eles errarem são catastróficas”, disse a mãe, caso não seja de fato a orientação dos jovens, mas, apenas uma fase, como acredita ser o caso da filha.
Segundo a mãe, a filha sempre teve dificuldade social, mesmo assim, se sentia melhor na companhia de meninos; “como muitas meninas com espectro autista fazem” disse ela, mas ainda parecia gostar de usar vestido rosa e ter cabelos longos.
Conforme crescia, isso mudou, deixou de lado os aspectos femininos; os meninos a aceitavam bem, mas não a tratava como um deles.
“Ela me disse: ‘Minha vida seria mais fácil se eu fosse um menino, porque, então, os meninos não me veriam como uma menina. Eles me veriam como um deles”, explicou a mãe.
A partir do ensino médio, a filha começou a se vestir como um menino, então ela disse para a mãe: “Eu quero ser um menino”.
Na época, os pais ficaram chocados e passaram a suspeitar de que o autismo estaria exercendo alguma influência no desejo da mudança de sexo. A jovem teria dito ao médico, que sempre se sentiu um menino, embora a mãe diga não ser verdade. “Ouvi-la reescrever a história de sua infância foi aterrorizante”, disse a mãe.
A mãe está disposta a apoiar a filha na mudança de gênero, somente quando ela completar 18 anos, até lá, ela acredita ser muito cedo. No momento, sua opinião é de que a clínica está errada. Assim como a filha, outros pacientes recebem bloqueadores de puberdade.
Uma informação publicada em 2018 pelo MoS, apontou que 150 crianças receberam bloqueadores de puberdade pelo GIDS, por isso a mãe decidiu levar o caso da filha para a Justiça, no Tribunal Superior, para que não forneçam os medicamentos para indivíduos menores de 18 anos.
O portal Daily Mail, ouviu um porta-voz do Tavistock Trus, que para fez uma declaração exercendo seu direito de resposta: “O GIDS é um serviço seguro e atencioso que coloca o melhor interesse de seus pacientes e suas famílias em primeiro lugar. Não vamos comentar o processo em andamento e aguardar o julgamento do tribunal no devido tempo.”