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Mãe faz alerta: “Depois de brincar no pula pula, ela começou a perder a fala e a coordenação. Foi assustador”

Foto: reprodução

Um preocupante alerta foi feito por uma mãe, moradora do Rio de Janeiro, em Volta Redonda, sobre um brinquedo, aparentemente inofensivo e muito divertido para as crianças, mas que na verdade, pode resultar em um grande perigo, como contou Giuliana Binhott, 43 anos. 

A microempreendedora viveu momentos de angústia no dia 19 de maio com filha de 11 anos, Amanda. A menina estava muito bem, brincou na cama elástica e em seguida passou a reclamar de dores, pouco depois começou a apresentar dificuldade na coordenação motora e na fala.

“Em menos de 5 minutos, ela não sabia mais como se calça uma meia e foi perdendo a fala. Foi assustador”, contou a mãe ao ser entrevistada pela equipe de reportagem da revista Crescer.

Leia na íntegra o relato da mãe de Amanda;

“Domingo (19) pela manhã, minha filha acordou bem. Tomou café da manhã normalmente e, em um certo horário, foi para a cama elástica brincar com o irmão. Ficou em torno de 1 hora lá, entre pulos e quedas, sentaram para jogar jogos até que ela desistiu de brincar e entrou para ver desenho e desenhar. 

Cerca de 15 minutos depois, ela reclamou de dor de cabeça intensa e me disse que não conseguia prestar atenção no desenho que estava assistindo. Também percebi que ela não conseguia pronunciar palavras simples. Dei um medicamento para aliviar a dor e pedi para que ela tomasse banho. Porém, ela começou a chorar muito no banho, dizendo que os olhos doíam muito. 

Assim, que Amanda saiu do banho, ela já não lembrava mais a data de nascimento dela, foi perdendo todas as coordenações, não sabia como abotoava uma bermuda e muito menos como se calçava uma meia! Ela não processava o que nós falávamos com ela.

Corremos para o hospital! Quando entramos no consultório, ela já não pronunciava mais as palavras corretamente, foi perdendo a fala e estava meio robótica nas atitudes. Foi muito rápido! Eu precisava manter a calma, pois meu marido já estava desesperado! E tenho um menino de 6 anos que estava apavorado também. Deus me ajudou muito nesse momento. Mas na hora, fui ao céu e voltei. Foi muito assustador. 

O médico a levou às pressas para fazer repouso e monitoramento. Confesso que foram os piores e mais longos minutos da minha vida. Os exames mostraram que a glicose estava normal, assim como o hemograma e PCR. Ela também fez uma tomografia computadorizada, que não deu alteração. Graças a Deus, foi melhorando e teve alta na terça-feira (21), mas juro que quando lembro, ainda sinto vontade de chorar. Agora, ela está 100%, mas a pediatra pediu para ela ficar de repouso até semana que vem. Confesso que o susto que eu levei… não desejo a nenhuma mãezinha.”

Quando voltaram para casa, a mãe resolveu alertar outros pais, contando em post na rede social o que aconteceu com sua filha; 

“Estamos em quarentena, as crianças estão em casa e muitas mães deixam os pequenos sozinhos no brinquedo e não tem noção do perigo”.

O que a menina teve foi uma concussão cerebral, de acordo com o laudo médico que poderia ter sido mais grave.

O médico presidente do Departamento de Neurologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), o neurologista Saul Cypel, explicou como isso pode acontecer; 

“Ficar muito tempo saltando e chacoalhando a cabeça pode, sim, ser prejudicial. Temos várias estruturas dentro da cabeça, como o labirinto, que é a região interna do ouvido ligada à audição, mas também à noção de equilíbrio e percepção de posição do corpo. Então, uma alteração na função do labirinto pode causar vertigem e tontura, a pessoa pode sentir que as coisas estão rodando ao seu redor. Essa sensação pode ser leve e passar rápido, mas uma alteração muito intensa pode levar à dificuldades de coordenação, mal estar e confusão na comunicação. Não é que ela perde a memória, mas a alteração labiríntica, pela intensidade da vertigem, pode deixar alguém confuso e atrapalhado”.

Foto: reprodução

Créditos: https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Saude/noticia/2020/04/mae-faz-alerta-depois-de-brincar-no-pula-pula-ela-comecou-perder-fala-e-coordenacao-foi-assustador.html

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