As crianças entrevistadas disseram que começaram a suspeitar devido as ações atrapalhadas e engraçadas dos próprios pais, mas mesmo assim não se frustaram ao perceber.
Cientistas da Universidade de Exeter, no Reino Unido, realizaram um estudo sobre o Natal e a “existência” do Papai Noel.
Para desenvolver o projeto, foram entrevistadas cerca de 1200 pessoas adultas e todas contaram suas experiências de Natal e com o Papai Noel, e de que forma e idade que descobriram que o bom velhinho não passa de um personagem muito querido, mas fantasioso.
Eles também conversaram a respeito da sensação que essa descoberta causou nas pessoas quando crianças e se isso de alguma forma afetou em sua relação com seus pais.
Os pesquisadores relataram que cerca de 34% dos entrevistados disseram que gostariam de ainda poder acreditar no Papai Noel.
Um terço, 15% dos participantes, disseram que ficaram tristes quando descobriram que não era real, e alguns até se sentiram traídos pelos pais, e 30% disseram que a confiança nos adultos diminuiu um pouco.
O estudo também concluiu que a para as crianças o medo de ficar na “lidta negra”, do Papai Noel, de não ganhar presentes por conta de comportamento, não preocupa de fato as crianças.
Alguns relataram que mesmo depois de descobrir fingiram continuar acreditando por gostar da fantasia.
A média de idade em que os entrevistados relatam ter descoberto, foi aos 8 anos e a maioria deles disse que isso aconteceu por “trapalhadas”, dos próprios pais.
Histórias engraçadas
“Tem sido fascinante ouvir porque eles começaram a acreditar que ele é fictício. A principal causa são as ações acidentais ou deliberadas dos pais, mas algumas crianças começaram a compor a verdade à medida que envelheciam”, contou o autor da pesquisa. “Por mais que esta pesquisa tenha um elemento alegre, as respostas mostram uma sensação de desapontamento e também de diversão pelo fato de as crianças se sentirem enganadas”, disse o pesquisador.
Um dos entrevistados disse que surpreendeu o pai comendo um lanchinho que ele entregou ao Papai Noel que visitou sua casa.
Outro contou que reconheceu o pacote de presente de sua irmã, que tinha visto dias antes no quarto dos pais.
Um deles disse que encontrou as cartinhas para o Papai Noel guardadas no quarto dos pais.
Uma moça contou que percebeu que o Papai Noel usava o tênis do seu pai, e dai de surpresa levantou a barba e viu o rosto do pai.
Outro jovem contou que reconheceu a caligrafia do pai ao receber um bilhetinho do Papai Noel.
Teve os que descobriram com os professores que sugerem redações do tipo “como foi quando você descobriu que o Papai Noel não exite?”.
Mas teve os que disseram ter descoberto sozinhos, considerando questões óbvias.
“Aprendi o suficiente sobre matemática, física, viagens e o número de crianças no planeta em relação ao tamanho do trenó para saber por conta própria”, explicou um participante.
Um participante disse que sua crença acabou quando ele começou a questionar porque o Papai Noel não dava presentes a crianças pobres e ninguém foi convincente.