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Tia dá exemplo de amor incondicional e adota sobrinha com microcefalia

A mãe de Maria Eduarda foi infectada pelo zica vírus e a pequena Maria Eduarda nasceu com microcefalia.

Depois do nascimento e do diagnóstico de microcefalia, os pais de Maria Eduarda não quiseram ficar com a bebê e resolveram colocá-la para adoção, mas a tia Miriam Pereira, com medo que ela não sobrevivesse, decidiu adotar e criar a bebê como filha.

Segundo o Universa, essa decisão veio após a faxineira ter conseguido vencer em um tratamento contra o câncer. “Fui curada para me tornar mãe da Duda”.

Miriam conta que a cunhada recebeu o diagnostico de que estava infectada com o zika vírus no terceiro mês de gestação.

“Ela e meu irmão trabalhavam com carroça de lixo reciclável, passavam muito tempo na rua”, disse.

A cunhada de Miriam já tinha acertado de entregar a menina, assim que nascesse, para uma mulher que encontrou na rua.

“Aos 29 anos, ela já havia tido nove filhos contando com Maria Eduarda. Dois deles eram do meu irmão. Dos nove, dois morreram, os outros deu e ficou apenas com um menina”, contou à Universa.

Quando a menina nasceu, descobriram que ela tinha microcefalia. O médico informou à família que a situação do bebê era grave e provavelmente não iria sobreviver mais que três meses.

“Liguei para a moça que iria adotar, disse que ela poderia buscar a criança no hospital. Quando falei da deficiência, ela disse que não estava pronta para cuidar de uma menina especial”.

Eles tentaram convencer os pais a ficar, mas eles se recusaram, Miriam disse que sentiu dó da criança.

“Ela não pediu para vir ao mundo e com apenas um dia de vida já havia sido rejeitada duas vezes”.

Uma assistente social, que conversou com os pais no hospital, disse que a menina seria encaminhada para a adoção.

“Eu disse que a adotaria porque sabia que ela não sobreviveria se não recebesse os cuidados adequados”, relembrou.

Miriam contou que tinha acabado de receber uma notícia maravilhosa: tinha vencido uma leucemia, câncer no sangue.

“Todos os pacientes que fizeram tratamento comigo morreram, só eu sobrevivi. Naquele momento tive a certeza que Deus me curou para me tornar mãe da Duda”.

“Meu maior sonho é vê-la andar e enxergar para ela ver quem são as pessoas que a amam”, finalizou Miriam.

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