O estudante Gabriel de 16 anos, foi um dos sobreviventes do massacre na Escola Estadual Raul Brasil em Suzano SP, que aconteceu na última quarta-feira (13).
Gabriel, ainda perplexo com tudo que viu e viveu, conta que está vivo porque a arma de um dos assassinos falhou na hora em que ele disparou contra o estudante.
Quando o ataque começou o aluno estava com dois amigos, um deles morreu, e o outro ainda esta hospitalizado, mas já não corre risco de morte.
A maioria dos alunos estava fora das salas porque era hora do intervalo. Gabriel viu um amigo próximo à entrada para o Centro de Estudos de Línguas e foi até lá conversar com ele; foi nesse momento que ele ouviu os disparos começarem. Quando olhou para trás, viu vários alunos desesperados, mas não tinha para onde correr.
Guilherme, o assassino, que usava uma máscara de caveira, estava vindo na direção deles e mirou no melhor amigo de Gabriel disparando. Acertou e matou o jovem. O assassino então recarregou a arma, mirou em Gabriel e atirou, mas neste momento a arma falhou.
“Foi um momento de desespero sem reação do que fazer”, contou Gabriel.
Emocionado ele conta que neste momento ele e outros alunos arrombaram um portão e conseguiram se abrigar em um banheiro, e trancaram a porta, e que o assassino tentava abrir a porta, enquanto eles ligavam para a polícia.
Ele disse que em pouco tempo a polícia chegou e eles ouviram dois disparos, e logo em seguida silêncio, então perceberam que a polícia já havia tomado a escola, só então se sentiram seguros para abrir a porta.
Agora, passado o primeiro momento de desespero, ele conta que se prepara para retornar à rotina, e voltar ao local que viu tudo acontecer.