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“Não consigo gastar todo dinheiro, por mais criativo que seja”, diz CEO do Nubank

Para a maioria da população mundial, essa frase está muito longe da realidade, mas para o CEO do Nubank, segundo ele, ganhar tanto dinheiro que nem mesmo sabe como e onde gastar, faz parte da realidade que ele está habituado.

 

Aos 40 anos, David Vélez, passou a fazer parte do rol seleto de pessoas bilionárias. O colombiano fundou em 2013 o que pensaram ser um unicórnio, quando fez sua estreia na  Bolsa de Nova York valendo US$ 41,5 bilhões. Isso fez com que o banco digital, Nubank, se tornasse o de maior valor da América Latina, superando o Itaú e o Bradesco.

 

“No ano passado, o valor da empresa ficou enorme. Um dia, você acorda e pensa: Nossa, o que a gente faz com essas ações? É muito dinheiro. Não precisamos, não temos uma vida de luxos”, disse o sócio-fundador do Nubank.

 

De acordo com o CEO, ter um banco brasileiro considerando-o como o mais valioso do Brasil, parecia ser um sonho impossível de ser realizado, ainda mais criando a partir de praticamente zero. Mesmo assim, como ele seguiu em frente apostando que poderia dar certo, como hoje se sabe que deu.

 

“Estamos no oitavo para o nono ano da história do Nubank. O crescimento foi muito mais rápido do que imaginamos. Ninguém esperava chegar a quase 50 milhões de clientes”, disse o CEO.

 

Em agosto de 2021, Vélez e a esposa, a economista Mariel Reyes, aderiram The Giving Pledge, de criação de  Bill Gates e Warren Buffet, voltado para ações sociais.

 

“Depois de ler muitos livros de filantropos, chegamos à conclusão de que era uma responsabilidade e também oportunidade ser estratégico no uso desse dinheiro, e gastá-lo do melhor jeito nas próximas cinco décadas”, disse Vélez.

 

“Esse sempre foi um valor muito grande, cultural. Cresci sentido que tinha responsabilidade com a comunidade, em fazer o bem e ter impacto na vida das pessoas”, disse Vélez.

 

“Quando fizemos o IPO, entrou tanto dinheiro que nem imaginava. A maior bênção foi que meus filhos apoiaram desde o início. Ver que eles estão indo pelo mesmo caminho é uma enorme alegria”, afirmou.

 

“Por mais dinheiro que se tenha, ninguém ainda achou a cura da morte. Todos temos um final e não se leva nada. Não vou conseguir gastar todo esse dinheiro, por mais criativo que seja, e bilionários são criativos”, disse o CEO.

 

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