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Médico é suspeito de tentar cobrar R$ 1 mil por cirurgia pelo SUS em MS: ‘Eu não vou botar a mão no útero por R$ 24’

Caso que virou notícia nos principais jornais do país, aconteceu em Corumbá, a 415 quilômetros de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

Segundo uma paciente, que gravou uma consulta com o médico Ricardo Chauvet, ele teria cobrado para fazer um procedimento que é oferecido gratuitamente pelo SUS, isso tudo dentro da maternidade da Santa Casa de Corumbá, onde ela era atendida pelo SUS.

Ela deu entrada no hospital no dia 23 de abril, com dores e sangramento, e depois de o médico dizer que ela estava com ‘frescura’, disse que seria necessária uma cirurgia ginecológica para retirada de um pólipo, e que ela teria de pagar por isso.

“Aí, foi quando ele começou com uma história de que o SUS pagava muito pouco para ele. […] E que, se ele me pagasse esse mesmo valor, eu iria fazer faxina na casa dele. Eu fiquei, assim, perplexa com essa história”, conta a jovem, que prefere não se identificar.

“Eu não faço pelo SUS, tá? Por motivo simples. O SUS paga R$ 24 pra fazer isso. Eu não vou botar a mão no útero de mulher desse tamanho com cinco cesáreas anteriores por R$ 24”. O interlocutor altera a voz quando fala sobre a característica física da paciente.

A conversa continua: “…eu posso manter ela com a cirurgia pelo SUS e a gente faz acerto à parte. Em dinheiro, sem recibo e antecipado, tá? […] Eu posso tentar te ajudar. Isso te custaria mil reais, tá? […] Só que isso é ilegal, tá? Mas eu tenho duas opções: ou o ilegal ou eu não faço”.

Ela saiu do hospital e procurou uma delegacia, mas ao chegar la não conseguiu registrar a ocorrência, pois disseram que não era crime. Só no dia 9 de julho, ela registrou na Delegacia de Atendimento à Mulher, e pelo crime de corrupção passiva.

A equipe da TV Morena, foi até o hospital em horário que o médico deveria estar trabalhando, mas ele não estava no local.

Posteriormente o médico negou que tenha cobrado qualquer valor da paciente.

“…não conheço esse áudio. Mas eu sei exatamente o que foi dito lá dentro e não houve nenhuma colocação nesse sentido de ilegalidade”, disse Ricardo.

O caso será investigado.

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