A mulher conta que chegou a sofrer acusações na internet, mas que mesmo assim fez aquilo que acreditava ser o melhor para a filha.
Sharon Spink, de 50 anos é uma britânica que revelou publicamente que amamentou sua filha até os nove anos de idade.
Segundo ela, sua intenção ao expor a peculiaridade da família, era fazer com que as pessoas se conscientizassem sobre o tema.
Em entrevista ao jornal Daily Mail, Sharon contou que o desmame aconteceu por conta da vontade da filha e que ela deu todo o apoio.
De acordo com a mãe, ela enfrentou dificuldades na amamentação dos outros filhos Kim, 30, Sarah, 28, e Isabel, 12 e então optou por fazer diferente com a mais nova.
“Sempre deixei que ela decidisse quando queria mamar. Há algum tempo ela pedia para mamar uma vez por mês e me disse que pararia quando fizesse 10 anos no ano que vem. Mas já faz dois meses que ela não pede para mamar então as coisas chegaram a um fim naturalmente, mas eu teria deixado que ela continuasse por quanto tempo quisesse. Foi uma escolha dela e foi feito de uma maneira gradual”, conta.
A mulher acredita que isso fez com que a relação das duas fosse mais estreita e o vínculo entre as duas mais forte:
“Temos um vínculo muito próximo e acredito que é porque a amamentei por tanto tempo. Não acho que isso vai mudar agora que paramos. Para a Charlotte era a sensação de segurança que ela encontrava quando eu a amamentava que importava, não a nutrição”
A orientação da Organização Mundial de Saúde OMS, é que a mãe deve amamentar com o leite materno de forma exclusiva até os seis meses e como forma de nutrição complementar até os dois anos ou mais.
A mulher contou que amamentou a filha publicamente até os 5 anos e depois parou, mesmo porque a frequência de mamadas diminuiu.
“Charlotte não fala sobre isso na escola. Não é algo que surja em conversas com os colegas”, conta.
“Já na internet, a reação que recebo da comunidade de mães que amamentam é de apoio, mas obviamente existem comentários negativos, a maioria de trolls que já me acusaram até de abuso infantil e pedofilia. Na primeira vez isso me chateou muito, agora não ligo mais. Já expliquei para a Charlotte que isso não é verdade”.
Segundo ela, seus amigos e familiares nunca viram isso como uma questão:
“Tenho certeza de que é mais comum do que as pessoas pensam, mas as mães têm muito medo de falar sobre isso e têm medo da reação de pessoas que não entendem que isso é normal. Eu só quero dizer para outras mães por aí que estão se perguntando ‘ devo ou não devo? ‘ que isso é normal e é isso que as crianças fazem. Se elas são amamentadas pelo tempo que quiserem, naturalmente desmamam. Durante todo o processo sempre senti que meu corpo estava fazendo o que deveria fazer. É para isso que servem os seios. Nós precisamos apoiar as mães. É sobre ter uma escolha”.