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Jovem de 24 anos fica tetraplégica ao ‘pegar jacaré’ no mar

Agora, a família da jovem tenta ajuda nas redes sociais, para arrecadar fundos para custear o tratamento

Karina Neustadter Castellanos, de 24 anos, estava curtindo dias de folga com o namorado quando em Ilhabela, uma praia no litoral de São Paulo, quando se acidentou ao ‘pegar um jacaré’, em uma onda no mar.

No dia 28, ela tomava banho de mar, quando resolveu pegar o ‘jacarézinho’, prática de pegar onda sem uso de pranchas, também conhecida como surf de peito.

Karina estava em uma parte rasa do mar, quando sofreu um tombo brusco. “Ela nos contou que já estava saindo do mar e pegou o jacarézinho para sair mais rápido. Ela também disse que sentiu a onda jogar ela pra baixo”, explica o tio da jovem, Guilherme Monteiro.

A onda bateu com muita força e ela perdeu os sentidos. Foi socorrida e atendida em um hospital em Ilhabela, depois foi transferida para uma unidade de saúde referência em São José dos Campos (SP).

De acordo com informações da família, Karina foi diagnosticada com uma fratura na vértebra C6, na região do pescoço, o que a deixou tetraplégica.

“Ela ficou vários dias internadas na UTI do hospital, chegou a ficar entre a vida e a morte, e no dia 2 de fevereiro, fez uma cirurgia onde colocou uma placa de titânio. O pulmão e o diafragma dela também foram lesionados, por isso ela está com dificuldade para falar também”, conta o tio.

Passado um mês do acidente, a jovem se recupera na casa dos avós, em Santos. A mãe que trabalhava em uma estética em São Paulo, deixou o trabalho para se dedicar aos cuidados com a filha.

“Morávamos em São Paulo por causa da faculdade dela, mas na casa da avó em Santos tem mais recursos de mobilidade e fica mais fácil para a locomovermos. Eu pedi demissão e, agora, vivemos em função da Karina”, explica a mãe, Tereza Castellanos.

“Qualquer traumatismo na coluna tem o risco de lesionar a medula. Se completa, quando secciona toda a medula, a pessoa perde totalmente os movimentos da lesão para baixo. Provavelmente, o caso da Karina foi uma lesão incompleta e algumas pessoas conseguem recuperar os movimentos sim, mas depende do nível de lesão”, diz o médico Celso Vilella, diretor da Centro de Reabilitação Lucy Montoro de Santos.

“Muitos pacientes, em casos como esse, entram em depressão. É preciso que ela se esforce, faça os exercícios e siga firme.”, segundo ele, o início rápido do tratamento e a força de vontade do paciente faz toda a diferença para a evolução do tratamento.

A jovem já começou a fazer sessões de fisioterapia e, segundo o tio, há alguns sinais de melhora.

“Ela consegue mexer um pouco os braços, a mão, mas não tem força. Vemos melhora. Nas pernas ela tem espasmos, já teve câimbra, mas nada de movimento”, diz o tio.

Os custos com o tratamento e reabilitação de Karina são muitos altos e, por isso, a família criou uma ‘vaquinha’ virtual para arrecadar recursos. “Qualquer doação no sentido de contribuir com a melhora da Karina é recebida com muito amor e gratidão. Esperamos que a melhora dela seja motivo de orgulho para todos aqueles que nessa onda de amor se encontram”, finalizam os familiares na publicação.

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