Nas imagens, as crianças aparecem dentro do banheiro, sentadas em cadeirinhas de bebês, que estão no chão, embaixo de uma pia, perto da privada
Uma escola infantil particular da Zona Leste de São Paulo está sendo investigada pela Polícia Civil por suspeita de maus-tratos aos alunos, após circular na internet um vídeo mostrando pelo menos quatro crianças chorando, amarradas com os braços presos por panos como se estivessem numa “camisas de força”, no banheiro da instituição. As informações são do portal G1
Nas imagens que viralizaram na internet, as crianças aparecem dentro do banheiro da instituição, sentadas em cadeirinhas de bebês, que estão no chão, embaixo de uma pia, perto da privada.
Ao G1, uma das mães das crianças disse que identificou seu filho em dois vídeos.
Segundo o G1, os vídeos foram gravados na Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, na Vila Formosa, em São Paulo, que é alvo de um inquérito policial aberto no Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 8ª Delegacia Seccional.
Além da atual investigação por maus-tratos, a delegacia investiga a unidade escolar por suspeita de periclitação da vida e da saúde, que é colocar a vida das crianças em risco, e fazê-las passarem por vexame ou constrangimento.
A mãe que identificou o filho de quase 2 anos prestou depoimento à polícia e afirmou:
“Identifiquei meu filho em dois vídeos. O primeiro, ele estava em um banheiro com mais quatro crianças amarradas, e no segundo, estava chorando com mais três bebês em uma sala no escuro”.
Segundo a mãe, seu filho ficou com sequelas. “Vem apresentando um nervosismo intenso, dificuldade para dormir, ele chora quando vamos colocar ele na cadeirinha do carro, sabe. Nós achávamos que era de desenvolvimento dele, mas hoje com todas essas informações sabemos que é devido à forma que ele era tratado. Ele estudava lá desde os 11 meses.”
A Colmeia Mágica já havia sido investigada há cerca de dois anos por suspeita de maus-tratos contra um aluno. E em 2010, uma aluna de aproximadamente 4 meses, morreu num hospital após ter passado mal dentro da unidade escolar.
A polícia pediu um mandado de busca e apreensão na escola por haver indícios de que os crimes seriam recorrentes. A Justiça autorizou, na semana passada, que policiais recolhessem lençóis que poderiam ter sido usados para amarrar as crianças. O celular da diretora da unidade escolar também foi apreendido para análise.
A perícia confirmou que os vídeos que circulam na internet foram gravados na escola.
Até o momento ninguém foi responsabilizado pelos crimes.