As marcas na alma que se adquire na infância podem acompanhar o indivíduo na vida adulta, possivelmente até nunca cicatrizar, dependendo da ferida em forma de trauma e transtornos emocionais.
Esse é um tema muito delicado, é preciso acompanhar a abordagem com a mente aberta, entendendo, que não se trata de colocar a “culpa” na mãe, quando algo não dá certo na vida dos filhos. As mamães sabem o quanto se dedica para fazer o melhor pelos filhos, porém a minoria por alguma razão, não consegue desenvolver o afeto maternal em sua plenitude, o amor que nasce naturalmente acompanhado pela alegria de ser mãe.
Uma criança sente a falta de zelo da mãe de uma maneira muito profunda, até mais do que ela demonstra.
A falta de zelo pode ser no campo físico, por exemplo, uma bofetada no rosto, opressão psicológica, abandono, quando a mãe mesmo presente não se conecta com a criança de maneira carinhosa, isso fere o emocional entre tantas outras ações que pode ser altamente comprometedora no entendimento dos pequenos.
A família é muito importante com um todo, mas a figura da mãe tem o poder de exercer a mensagem de afeto mais valorosa para os filhos, pode ser menina ou menino, a dor que provoca a ferida resultando na cicatriz é a mesma em ambos.
Um dos pedidos de socorro mais comum verbalizado pelas crianças é; “Eu quero a minha mãe”. A tradução é simples, a criança está gritando sua angústia, entende e elege a mãe para protegê-la e acalmar todo o medo e o desespero que estiver sentindo.
Não é por acaso, que um filho (a) quando é atendido, tem a sensação de que a mãe o curou, suprimiu todo o medo e a dor. Trata-se de uma relação visceral, construída desde o tempo em que o bebê estava na barriga, então a criança sente a segurança da presença, do abraço da mãe, uma referência que vai além do campo físico, é uma conexão emocional fortíssima.
O resultado pode se tornar em complicações e transtornos emocionais, que dificultam a vida na fase adulta a em família, um homem ou uma mulher com dificuldade na carreira, nas relações amorosas e até com fobias sociais, entre outras dificuldades de humor.