A dor e a tristeza da perda do filho, ainda é maior, com a cena em que a mãe do jovem João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, atropelado por Bruno Krupp, na orla da Barra da Tijuca, parece um filme de terror.
Mariana Cardim de Lima, mãe de Gabriel, reuniu forças para falar pela primeira vez sobre o violento acidente que tirou a vida do seu filho, no último domingo (7/8), em entrevista ao Fantástico.
A mãe do rapaz contou que ela e o filho, ao atravessar a pista, olharam bem para terem certeza de que daria tempo e que não viram nenhum veículo.
Sem imaginar que em fração de segundo o pior estava para acontecer, decidiram atravessar. “Não tinha projeção de nada perto da gente, mas em segundos a moto estava em cima dele, e aí eu já perdi a noção do que eu estava vendo”, disse a mãe.
Mariana narrou como foram os últimos minutos ao lado do filho, quando ele ainda estava com vida e relembrou: “Eu vi a perna dele voando, e vi meu filho estendido no chão, ensanguentado”.
João Gabriel foi encaminhado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, no Rio de Janeiro,logo após o acidente e submetido a cirurgia, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos.
A mãe da vítima disse que não guarda rancor do atropelador de seu filho, no caso, Bruno Krupp que atropelou Gabriel ao passar pela pista em alta velocidade.
“Foi diante do mar que me despedi do meu filho”, disse Mariana.
e narrou em detalhes como tudo aconteceu:“Eu vi a perna dele voando, eu vi o meu filho estendido no chão, ensanguentado, com o olho arregalado, apavorado, me pedindo socorro. Eu comecei a gritar e pedir ajuda a todo mundo”.
“Foi inevitável para mim acompanhar isso tudo e ver o quanto as pessoas têm ódio, rancor e raiva desse rapaz. E eu, por incrível que pareça, não estou com ódio nem tenho rancor. Eu desejo que ele olhe para dentro dele mesmo”, pontuou a mãe de João Gabriel. Emocionada, Mariana concluiu: “Foi diante do mar que eu tive que me despedir do meu filho”.
Bruno Krupp, que atropelou o jovem Gabriel de 16 anos, está em prisão preventiva na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, e responde por dolo eventual.