O procedimento de remoção do útero pode ser realizado de forma parcial ou total e é aconselhado para mulheres que apresentam problemas graves na área pélvica, como estágio avançado de câncer de colo do útero.
Entenda o que é histerectomia abdominal, cirurgia feita por Preta Gil durante retirada de tumor
Preta Gil, fez sua primeira declaração no domingo (20) após passar por uma cirurgia para retirar um tumor que envolveu uma histerectomia abdominal total.
Histerectomia é uma intervenção cirúrgica para retirada do útero, podendo também envolver a remoção do colo do útero. Essa cirurgia pode ser classificada como parcial ou total, também conhecida como radical.
A ginecologista e obstetra Larissa Cassiano esclarece: “A parcial é quando é feita a retirada da parte superior do útero e o colo do útero é preservado. A total é quando retiramos da parte superior até o colo do útero”.
“Muitas vezes, em situações oncológicas, nós temos o que chamamos de invasões de alguns vasos pélvicos. E, como forma de proteção, [os médicos] podem optar pela retirada do útero. Essa pode ser uma possível causa para a decisão no caso da Preta Gil”, explicou a médica.
Normalmente, esse procedimento é indicado para mulheres que apresentam problemas graves na região pélvica, tais como:
– Câncer de colo do útero
– Câncer de ovário em estágio avançado
– Infecções
– Miomas
– Hemorragias
– Endometriose grave
– Prolapso uterino
A ginecologista Aline Calixto explica que, em situações oncológicas, a remoção do útero pode ser uma opção se houver invasão de vasos pélvicos. Isso pode ter sido a razão da decisão no caso de Preta Gil.
Sobre o procedimento
No caso de Preta Gil, a histerectomia realizada foi total, ou seja, tanto o corpo quanto o colo do útero foram removidos, e foi feita via abdominal, com uma incisão no abdômen.
Outra opção é a histerectomia vaginal, onde o acesso ao útero é feito por uma incisão no canal vaginal da paciente.
Existe também a histerectomia laparoscópica, em que os cortes são feitos no umbigo e na vagina.
Consequências da cirurgia: A principal consequência da histerectomia é a impossibilidade de engravidar. Além disso, a paciente para de menstruar, mas isso não significa necessariamente entrar na menopausa, desde que os ovários sejam preservados.
“Tirar o útero não muda os hormônios da mulher, que são produzidos pelos ovários. Ela não vai menstruar mais porque não tem o local do corpo onde prolifera a camada de sangue da menstruação [o endométrio]. Mas não tem qualquer alteração dos hormônios”, disse a médica ginecologista Aline Calixto.
Recuperação:
Segundo a ginecologista Cassiano, entre os procedimentos ginecológicos, a histerectomia é considerada um dos mais complexos, com recuperação dolorida devido à incisão abdominal ampla e ao maior tempo cirúrgico. e diz:
“Tem um risco médio e uma recuperação um pouco mais complexa, pois tem uma incisão mais ampla e o tempo cirúrgico é maior”.