Bruna Tomadocci, de 22 anos, é uma jovem de de Santos, no litoral de São Paulo, que apresentou uma doença rara durante a gestação e devido às complicações morreu logo após o parto.
Segundo sua cunhada, Isabella Athenas a jovem estava no sétimo mês de gestação.
“Estava com ela um dia antes e parecia estar bem, porém um pouco inchada. Por volta das 19h ela foi trabalhar e na madrugada ligou para o meu irmão dizendo que estava passando mal”.
Isabela disse que, quando o irmão chegou ao local, levou Bruna às pressas ao Hospital dos Estivadores.
“Os médicos viram que tinha algo de errado com ela e fizeram uma cesárea de emergência. No parto, ela teve duas convulsões, mas conseguiram retirar a criança e colocar em uma incubadora, já ela foi levada pra UTI”.
Devido a piora no quadro, os médicos diagnosticaram a Sindrôme de Hellp, que é uma complicação gravíssima da pré-eclâmpsia, (pressão alta na gestação).
“É uma condição rara, mas extremamente grave porque envolve uma mortalidade alta”, diz a obstetra Mariana Paiva.
“O diagnóstico é feito através de exames de sangue. Sinais de alerta podem ser dor no estômago, dor na região do fígado, no abdômen superior e inchaço generalizado. O pré-natal é muito importante nesse quesito, porque ajuda a minimizar complicações durante o parto e a monitorar condições hipertensivas graves”, destaca.
“Os profissionais do hospital fizeram de tudo para que ela sobrevivesse, mas infelizmente ela não resistiu. Meu sobrinho continua lá e está bem. Um dos médicos nos mostrou que constaram duas faltas em consultas de pré-natal, que poderiam ter ajudado no diagnóstico da síndrome antes do dia do parto. A ficha ainda não caiu que ela se foi”, diz Isabella.
Em nota, o Complexo Hospitalar dos Estivadores em Santos informa que a paciente recebeu todo o suporte médico e assistencial necessário durante o atendimento. O bebê permanece internado e seu quadro é estável.
A instituição ainda afirma que tem total compromisso com as melhores práticas na assistência ao parto, alinhadas com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde – OMS e do Ministério da Saúde – MS, e que deu todo o suporte humano e tecnológico disponível no hospital.
Samuel Ramos, de 24 anos, está muito abalado, e diz que o bebê Noah, era muito esperado por eles.
A família usou as redes sociais para ajudar a família que é humilde com itens para o bebê, como fraldas, pomadas, e roupinhas. O chá seria realizado em agosto, mas com a morte de Bruna, foi cancelado.