No último sábado (27/06), uma boa notícia passou a circular nas mídias de notícias, após o Ministério da Saúde anunciar que o Brasil está pronto para a produção de até 100 milhões de doses da vacina contra Covid-19.
Esse anúncio foi dado juntamente com a confirmação de que toda essa produção de vacinas, será realizada em parceria com a Universidade de Oxford, para isso, o governo fará investimento de cerca de US$ 127 milhões, o equivalente aproximadamente a R$ 693,4 milhões.
Embora o governo tenha formado essa parceria, a população ainda terá de continuar seguindo as orientações de proteção, pois a vacina só será ministrada após conclusão dos testes clínicos, para comprovação da eficácia e que não haverá danos à saúde.
A diretora do Instituto para a Saúde Global da Universidade de Siena, Sue Ann Costa Clemens, pesquisadora brasileira, responsável por trazer os testes ao Brasil, e o médico diretor de comunicação do Instituto D’or de Pesquisa e Ensino (Idor) e do Ministério da Saúde, Claudio Ferrari, foram entrevistados pelo O Globo, leia trechos da reportagem:
A pesquisa para a vacina está em qual estágio?
Na fase de testes clínicos, que é a última etapa. Antes disso, ela já foi testada em animais e em pequenos grupos de humanos. Até agora, nove mil pessoas já receberam doses e a pesquisa já indica que ela é segura. Só falta constatar sua eficiência, que será testada em 50 mil pessoas em diferentes países, entre eles o Brasil.
Quando ficará pronta?
Os estudos clínicos, que podem levar pelo menos um ano, estão começando no Brasil. No Reino Unido, já acontecem há um mês e meio. A expectativa dos pesquisadores é ter o resultado da sua eficiência entre outubro e novembro. Com essa confirmação, seus primeiros lotes seriam disponibilizados em dezembro e janeiro.
O Brasil terá doses para todo mundo?
O primeiro plano do Ministério da Saúde é imunizar100 milhões de pessoas. Elas serão destinadas para idosos, pessoas com comorbidades, profissionais de saúde, professores, indígenas, pessoas em privação de liberdade, adultos e adolescentes em medida socioeducativa, profissionais de segurança pública e motoristas de transporte público.
Há contra-indicações ou efeitos colaterais?
10% das pessoas poderão apresentar um quadro gripal, com febre de leve a moderada, por no máximo dois dias.
Qual o tempo de imunização?
Baseado em vacinas similares, como a que está sendo desenvolvida para Mers, o tempo de imunização é de aproximadamente um ano.
Quem está desenvolvendo a vacina?
A Universidade de Oxford, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. No Brasil, os testes clínicos estão sendo conduzidos pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), pelo Instituto D’or de Pesquisa e Ensino (Idor) e pelo Grupo Fleury.
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