O próprio presidente da Vale, Fábio Schvartsman anunciou que todas as minas terão as atividades paralisadas em caráter de urgência, e todas as 19 barragens iguais as de Mariana e Brumadinho que ainda existem no Brasil serão definitivamente desativadas.
No início da noite desta terça, Fábio Schvartsman presidente da Vale, informou que a companhia vai paralisar as operações das minas, e descomissionar (desativar progressivamente), todas as barragens similares as de Mariana e Brumadinho, que ficam em Minas Gerais.
Para poder desativar as barragens as minas terão de ficar paralisadas temporariamente para a produção de minério de ferro.
De acordo com ele, a suspensão representará uma redução na produção de 40 milhões de toneladas por ano de minério de ferro, o equivalente a 10% da volume total da companhia.
“É um esforço inédito de uma empresa de mineração no sentido de dar resposta cabal à altura da enorme tragédia que tivemos em Brumadinho”, disse ele referindo-se ao rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão na sexta-feira passada, deixando até a noite desta terça-feira (29), 84 mortos, mais de 250 desaparecidos, e muitos feridos, desabrigados, sem contar no impacto ambiental e na fauna.
“Vamos acabar com essas barragens para garantir que o sistema de mineração da Vale é seguro. E, para isso, vamos paralisar a operação de mineração em Minas, já que todas essas barragens estão naquele Estado”, disse.
“Vamos dar uma resposta à altura da tragédia que tivemos em Brumadinho. É um plano drástico e definitivo. Sabemos dos impactos no mercado e internacional, mas a segurança vem acima de qualquer outra consideração”, afirmou Schvartsman.

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