O magistrado Liciomar Fernandes da Silva avaliou em sua decisão pela prisão de João de Deus por posso de arma de fogo, que o médium pode ser um líder criminoso.
Liciomar Fernandes da Silva, magistrado que determinou a prisão de João de Deus por posse ilegal de arma de fogo, avaliou que as investigações apontam que o médium “chefia uma organização criminosa que atua principalmente na cidade de Abadiânia”, no Entorno do Distrito Federal.
O médium está sendo acusado de centenas de crimes de natureza sexual, que teria cometido contra centenas de mulheres de várias idades e inclusive nacionalidades diferentes.
Preso desde o último dia 16, quando se entregou a polícia, ele nega todas as acusações.
Alberto Toron afirmou, advogado responsável pela defesa do médium, em nota afirma que o “juiz fez uma afirmação grave e sem qualquer base empírica. Essa é a verdade”.
- Entenda os rumos da investigação
O juiz, ainda na determinação de prisão,expediu mandatos de busca e apreensão em cinco endereços relacionados ao médium.
Quatro dos mandados foram cumpridos em Abadiânia, onde fica a Casa Dom Inácio de Loyola – local dos atendimentos espirituais e onde teriam ocorrido os abusos –, e um deles em Itapaci, na região norte de Goiás.
Nas últimas buscas, a Polícia Civil encontrou esmeraldas, um arma, medicamentos e uma mala com R$ 1,2 milhão na casa do médium. O dinheiro foi localizado em um porão, acessado por um fundo falso em um armário.
Em buscas anteriores, já havia sido encontrado mais R$ 400 mil em moedas nacional e estrangeiras, e armas de fogo, o que motivou o pedido de prisão, concedido pelo magistrado.

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