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Ronnie Lessa diz que ganharia R$ 25 milhões para tirar a vida de Marielle: “Fiquei cego”

O ex-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Ronnie Lessa, réu pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, afirmou nesta quarta-feira (30) que receberia R$ 25 milhões para cometer o crime.

“Fiquei cego. Minha parte eram R$ 25 milhões. Podia falar assim: era o papa, que eu ia matar o papa, porque fiquei cego e reconheço. Vou cumprir o meu papel até o final, e tenho certeza absoluta de que a Justiça será feita”, “Fiquei obcecado. Minha parte seria de R$ 25 milhões. Podia dizer: se fosse o papa, eu mataria o papa, porque fiquei cego e assumo isso. Vou cumprir meu papel até o fim, com total confiança de que a Justiça será feita”, declarou em depoimento.

Durante o interrogatório, Lessa também expressou arrependimento pelo crime e pediu perdão às famílias das vítimas.

“Eu gostaria de aproveitar a oportunidade e, com absoluta sinceridade e arrependimento, pedir perdão às famílias do Anderson, da Marielle, da minha própria e a toda a sociedade pelos atos que nos trazem até aqui”, afirmou.

“Infelizmente, não podemos voltar no tempo, mas eu tento fazer o possível para amenizar essa angústia de todos, assumindo minha responsabilidade e revisitando todos os personagens envolvidos nessa história”, acrescentou Lessa.

Julgamento

O julgamento em júri popular dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz teve início na quarta-feira (30) .

Ambos os acusados de execução do crime estão em unidades prisionais fora do estado e participam da sessão por videoconferência. Atualmente, Lessa está detido no Complexo Penitenciário de Tremembé, em São Paulo, enquanto Queiroz encontra-se no Complexo da Papuda, em Brasília.

Entre as testemunhas, sete foram indicadas pelo Ministério Público (MP), incluindo a viúva de Anderson Gomes, a mãe de Marielle Franco e a assessora dela que sobreviveu ao ataque. Outras duas testemunhas foram listadas pela defesa de Lessa.

Ronnie Lessa é acusado de ser o atirador, enquanto Élcio Queiroz teria conduzido o veículo usado no crime. Ambos estão presos desde 2019. Na terça-feira (29), o MP-RJ anunciou que solicitará ao júri a condenação dos réus à pena máxima, que totaliza 84 anos de prisão para os crimes imputados.

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