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Grave: gás de cozinha fica 10.5% a partir desta sexta-feira. O preço poderá chegar a R$ 150,00 reais

O preço do gás de cozinha sofreu um reajuste significativo de 10,5% para as distribuidoras, impactando diretamente o consumidor a partir desta sexta-feira (1º). Esse aumento foi confirmado pela Acelen, empresa responsável pela gestão da Refinaria de Mataripe, localizada em São Francisco do Conde, na Região Metropolitana de Salvador.

Em comunicado, a Acelen destacou que os preços dos produtos são definidos de acordo com variáveis de mercado, como o custo do petróleo – adquirido a preços internacionais –, a cotação do dólar e o valor do frete, podendo sofrer variações para cima ou para baixo. Esse cenário representa, na prática, um impacto financeiro direto para os consumidores.

Atualmente, o preço médio do gás em Salvador gira em torno de R$ 138 a R$ 140. Com o novo reajuste – considerado o maior dos últimos três anos –, o Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado da Bahia (Sinrevgas) projeta que o preço pode alcançar ou até ultrapassar os R$ 150.

“Já estamos aplicando o novo preço. Infelizmente, a nota fiscal já veio mais cara, e meu estoque está quase zerado. Portanto, o reajuste já está sendo repassado hoje”, relatou Luciano Costa, revendedor de gás em Salvador.

Segundo Luciano Costa, o valor para quem compra o gás diretamente no ponto de venda é de aproximadamente R$ 138. Para entregas, o custo aumenta para cerca de R$ 148.

“As vendas estão caindo; o mercado está retraído. Hoje, muitas donas de casa evitam preparar pratos que demandem muito tempo de cozimento. Algumas até recorrem à lenha ou álcool para cozinhar, por conta das limitações financeiras”, explicou Costa.

Robério Souza, presidente do Sinrevgas, explicou que o preço do gás é determinado pela Refinaria de Mataripe com base em três fatores principais: a cotação do petróleo, o valor do dólar e o mercado internacional.

“Esses reajustes constantes têm deixado tanto os revendedores quanto os consumidores apreensivos. Estamos enfrentando um cenário de insegurança alimentar, e o gás é um item fundamental para a preparação das refeições”, afirmou Robério Souza.

A situação também tem dificultado a vida dos revendedores, que observam uma queda na demanda devido ao preço elevado, como acrescentou Souza. “Os revendedores estão passando por dificuldades, pois a procura pelo gás diminuiu consideravelmente”, concluiu.

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