O inquérito que investigava o caso de Luciana Paula Figueiredo, de 32 anos, que foi filmanda tentando matar por asfixia a própria mãe, a idosa Ana Benedita Figueiredo, de 68 anos, em um leito no Hospital Dr. Carlos Macieira, em São Luís, foi concluído e entregue ao Ministério Público.
Luciana foi indiciada por homicídio triplamente qualificado.
Em depoimento à polícia, a mulher alegou que faz uso de um medicamento para tratamento de doenças mentais e que colocou 12 gotas do remédio em um copo com água para tomar, mas, por engano, deu à mãe.
Justificou o ato de apertar o nariz e a boca da mãe dizendo que quando percebeu o que havia feito, passou a verificar se a idosa ainda estava respirando normalmente e tentou reanimá-la colocando a mão na boca e no nariz da mãe.
Nas imagens abaixo que foram filmadas por acompanhantes de outros pacientes, é possível ver que Luciana aperta o nariz e a boca da mãe, ainda usou um lençol para impedir que a idosa respirasse.
Após o caso, Luciana foi presa e levada para uma Unidade Feminina na Penitenciária de Pedrinhas. Em um outro depoimento à polícia, ao ser questionada se é a favor da eutanásia, Luciana respondeu que “os pacientes terminais deveriam ter o seu direito de escolher”.
Atualmente, a defesa tenta provar que ela possui transtornos mentais e pediu a instauração de incidente de insanidade mental no processo sobre o caso. A Justiça já determinou a avaliação biopsicossocial de Luciana.
“Ela tem transtorno de Borderlaine e síndrome do pânico. Antes do caso, ela já estava fazendo tratamento médico. Pedimos que ela continua o tratamento dela em um estabelecimento adequado. Se não continuar, pode piorar o quadro dela”, afirmou a defesa.
O Ministério Público agora quer apurar se a idosa era vitima de maus tratos, uma vez que ela está cheia de hematomas pelo corpo, e também se o agravo de seu estado de saúde, não foi causado por possíveis trocas de medicamentos que a filha tenha feito para prejudicar sua saúde.
“Não apenas em relação a essa tentativa de homicídio, ela também vinha fazendo algum tipo de movimentação, quem sabe até mudanças na medicação dessa mãe vinha recebendo via soro. Criminalmente, temos a informação de o que motivou esse ato criminoso teria sido em decorrência da filha estar cansada de cuidar de uma mãe idosa, que apresenta vários problemas de saúde. E segundo o que foi repassado pelo delegado plantonista, isso poderia ter sido uma das causas desse cometimento desse ato criminoso e bastante grave contra a própria mãe, cometido pela filha”, explicou Carlos Alessandro, superintendente da Polícia Civil na capital.

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