Ex-mulher de Jô Soares, informou que a família decidiu manter tudo em sigilo e que preferem não divulgar a causa, nem o local em que o corpo do artista será velado e sepultado. Fãs querem prestar homenagem, mas estão sem entender o que está acontecendo.
O corpo de Jô Soares foi liberado e já deixou o Hospital Sírio-Libanês, nesta manhã de sexta-feira, às 10:38. O velório será restrito à família e o local para onde o corpo foi levado não foi divulgado.
A triste notícia da morte do humorista, apresentador e escritor, foi dada pela ex-mulher Flávia Pedra.
Em uma entrevista, Jô Soares falou de vaidade dizendo: “Sou muito vaidoso, nunca escondi isso. Qual é o artista que não é vaidoso? Todos. É uma profissão de vitrine de exibidos. Você nasce querendo seduzir o mundo.”
No ano de 1970, Jô fez sua estreia na Globo, no programa “Faça humor, não faça a guerra”, ele dividia o roteiro e contracenava com o humorista Renato Corte Real.
Participando do documentário Memória Globo, Jô Soares disse: “Criávamos uma média de 20 e tantos personagens por ano. Quando terminou o último programa, havia mais de 260 personagens criados”.
“O meu humor tem sempre um fundo político, sempre tem uma observação do cotidiano do Brasil”, dizia.
“Os meus personagens são muito mais baseados no lado psicológico e no social do que na caricatura pura e simples. Eu nunca fiz um personagem necessariamente gordo. Eles são gordos porque eu sou gordo.”
sobre apresentar talk-show: “Acho que descobri, também sem querer, a grande vocação da minha vida, a coisa que me dá mais prazer, mais alegria de fazer. Eu me sinto muito vivo ali. A maior atração do mundo é o bate-papo, a conversa”, afirmava o próprio Jô.
A ex-mulher de Jô Soares, Flávia Pedra, postou comovente despedida nas redes sociais:
“Você é orgulho pra todo mundo que compartilhou de alguma forma a vida com você. Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem. Obrigada pelas risadas de dar asma, por nossas casas do meu jeito, pelas viagens aos lugares mais chiques e mais mequetrefes, pela quantidade de filmes, que você achava uma sorte eu não lembrar pra ver de novo, e pela quantidade indecente de sorvete que a gente tomou assistindo”.