A Polícia Civil do Rio de Janeiro vai apurar a denúncia de uma família que acusa funcionários de uma creche de doparem seu filho de apenas 2 anos. O incidente teria ocorrido em 16 de junho.
De acordo com os pais, naquele dia, a criança retornou para casa com sinais visíveis de sedação, incapaz de segurar a mamadeira ou se manter em pé.
Laís Torres, mãe do menino, relatou ao portal G1 que seu filho é autista, mas que sua principal dificuldade está na fala. Ele não possui problemas de locomoção e gosta de andar de bicicleta.
Entretanto, no dia 16/06, o menino apresentou cansaço extremo e dificuldades motoras, comportamentos atípicos para ele. A família acusa a creche municipal Espaço de Desenvolvimento Infantil René Biscaia de administrar substâncias sedativas na criança.
Alarmados pelo comportamento estranho do filho, os pais o levaram ao hospital, onde ele desmaiou. A criança foi socorrida às pressas, correndo risco de ser entubada.
“O médico disse que ia ministrar um remédio e ver se ia dar resultado, se não desse ele seria entubado. Foram os piores 20 minutos da minha vida”, descreveu a mãe.
O menino passou por uma lavagem estomacal e o médico que o atendeu sugeriu o registro de um boletim de ocorrência ao perceber indícios de sedação.
Seguindo a recomendação, a família registrou a ocorrência e realizou um teste toxicológico em uma clínica particular, já que a polícia não solicitou o exame. O resultado revelou a presença de zolpidem no organismo da criança.
“Como pode escola que deveria colher e cuidar dele fazer uma coisa dessas? O autismo não é para os pobres no Brasil, tudo é com muita briga”, lamentou Luiz Felipe, pai do menino.