Delegado conclui inquérito do caso Daniel e classifica Edison Brittes como psicopata sem remorso algum
Na última quarta-feira (21), o delegado Amadeu Trevisan, responsável pela Delegacia de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, concluiu o inquérito sobre a morte do jogador Daniel Correia de Freitas (24).
Em entrevista coletiva o delegado contou a participação de cada um dos envolvidos na situação do crime.
Segundo o delegado, o assassino confesso Edison Brittes, 38 anos, conhecido como Juninho Riqueza, é um “psicopata”, e não demonstra qualquer remorso ou arrependimento pela vida de Daniel.
De acordo com as informações do delegado, Daniel teve uma morte lenta e cruel. Foi covardemente espancado, foi agredido dentro do quarto, na calçada, e antes de ser colocado no porta-malas chegou a se afogar com o próprio sangue.
Depois, foi levado vivo à Colônia Mergulhão, área rural de São José dos Pinhais, onde teve o pênis decepado e o pescoço cortado.
“A morte foi causada por um meio cruel. Temos que lembrar disso porque o Daniel, dentro do porta-malas, ouviu a sentença de morte dele. É bom que isso fique claro. Ele foi executado de uma maneira fria, premeditada, pensada. Um crime realmente com bastante crueldade”, disse o delegado.
O Delegado alerta que o homem a quem chamam de “Juninho Riqueza”, Edison Brittes, é um homem perigoso, cruel, e deve permanecer preso.
De acordo com as versões das testemunhas, ele fez com que todos limpassem o sangue da casa, e depois de tudo, ao retornar pediu um strogonoff e conseguiu comer normalmente.
“Ele é doente. Agir dessa forma com essa frieza, com ausência de remorso. Tanto é que ele mata, volta pra casa, manda limpar a casa e depois pede que façam comida. E ele consegue se alimentar”, comentou o delegado.
De acordo com o que foi apurado no inquérito, todos os envolvidos agiram de forma muito fria em relação ao que houve.
A filha de Edisson que foi quem convidou Daniel para a festa, mandou mensagens para uma das testemunhas falando em uma nova ‘festinha’, depois do crime.
O advogado de uma das testemunhas, apresentou as mensagens que Allana enviou, falando sobre uma nova festa, e que teriam mais um churrasco para fazer, mas que isso tudo seria pretexto para reunir as testemunhas no Shopping para combinar as versões que cada um daria para o crime.
“A Allana mandava mensagens com supostas desculpas e mentiras do tipo ‘venha nos encontrar para mais uma festinha’, ‘tem mais um churrasco para fazer’ . [A testemunha] se esquivava e não sabia exatamente o que fazer”, disse o advogado.
A conversa de Allana com a testemunha teria começado no mesmo dia do crime, na parte da tarde, e no dia seguinte que ela marcou a data do encontro de todos no Shopping.
Allana teria ficado responsável por atrair todos as testemunhas para o encontro, onde Edison disse o que cada um teria que dizer em depoimento caso houvesse necessidade.
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