Wilson já havia sido julgado e considerado culpado pelos homicídios e estava aguardando a sentença. Embora ele pudesse ter recebido uma pena de prisão perpétua, os juízes optaram pela pena capital, a mais severa prevista na Flórida.
Durante o julgamento, a defesa leu uma carta dos pais adotivos de Wilson, Candy e Steve Wilson, conforme relatado pela Fox. Na carta, os pais pediram que o tribunal reconsiderasse a sentença de morte e expressaram seu lamento pela dor das famílias das vítimas. Eles descreveram Wade como uma criança feliz durante a infância, mas que começou a se desviar na adolescência, afirmando que “o sistema falhou com ele”. Apesar de suas ações, eles reiteraram seu amor por ele.
Um especialista ouvido durante o julgamento afirmou que não encontrou evidências de problemas neurológicos que pudessem ter influenciado Wilson a cometer os crimes.
Quem é o “Florida Killer”?
Wade Wilson, apelidado de “Florida Killer”, assassinou Kristine Melton, de 35 anos, e Diane Ruiz, de 43 anos, com poucas horas de diferença. Ele conheceu Melton em um bar em 6 de outubro de 2019 e a estrangulou até a morte em sua casa em Cape Coral.
No dia seguinte, Ruiz foi reportada como desaparecida. Ela estava a caminho do bar onde trabalhava quando Wilson a abordou em um carro que ele havia roubado da casa de Melton. Após pedir informações, Ruiz entrou no carro, e Wilson a estrangulou e a atropelou até que seu corpo ficasse irreconhecível, conforme relatado pelo procurador assistente Andreas Gardine. As duas mulheres não se conheciam.
Cartas na Prisão
Um juiz da Flórida recebeu aproximadamente 4 mil mensagens, incluindo cartas e e-mails, de mulheres pedindo que a vida de Wade Wilson fosse poupada. Segundo o jornal britânico Independent, as cartas defendem Wilson, mencionando seu histórico de problemas de saúde mental, abuso de substâncias e alegada falta de apoio dos pais.
“Sobre o caso de Wade Wilson, está claramente documentado que ele sofre de graves problemas de saúde mental que são exacerbados pelo uso de drogas”, escreveu Lindsay Brann, mãe de dois filhos no Canadá, em uma das cartas apresentadas no Tribunal do Condado de Lee.