“Hoje fui lavar nossas roupas e encontrei um papel no bolso da calça do bruno. Era um telefone escrito “VIDA” eu estranhei, pois Bruno nunca me chamou de vida e o meu telefone ele sabia de cabeça. Anotei o número e coloquei o papel de volta no bolso. Adicionei a tal de “VIDA” no Whatsapp e tinha uma foto dos dois no perfil. Perdi o chão, meu mundo caiu, fiquei sem reação pois estava desempregada e sem lugar pra ir. Mantive em silêncio, não conseguia ter tesão por ele mais. Quando ele chegava eu fingia que estava dormindo pra gente não transar. Meses depois consegui emprego, chegava em casa morta de cansada. Lavava a louça, limpava a casa, passava as roupas, ia pra fila do banco pagar as contas dele, deixava a janta pronta e o uniforme no cabide pra ele.
Na última semana recebi meu salário, aluguei uma quitinete, e agendei o frete sem ele saber. Chegou uma noite em que fomos para a cama que nem dois loucos como se fosse a última e foi a ultima vez mesmo. Eu naquela noite fiz tudo o que nunca tinha feito que ele ficou tão louco que notei que nunca a tal de “VIDA” lhe tinha feito iaquilo. No dia seguinte ele foi trabalhar, mudei todas as fotos do porta-retrado e coloquei as foto dele com a tal de “Vida” que eu printei do Whatsapp dele e escrevi um bilhete: ADEUS MEU FALSO AMOR. CUIDE BEM DA SUA “VIDA” POIS DAQUI PRA FRENTE EU VOU CUIDAR SÓ DA MINHA. PRA QUEM SE ACHA GATO DEMAIS, VOCE DEVE TER MAIS OUTRAS 6 “VIDAS”. ADEUS BRUNO!”
