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Uma mulher foi detida em Parnaíba, no norte do Piauí, sob suspeita de ter oferecido cajus envenenados a duas crianças

Uma mulher foi detida em Parnaíba, no norte do Piauí, sob suspeita de ter oferecido cajus envenenados a duas crianças. Infelizmente, uma das crianças, um menino de 7 anos, faleceu na tarde desta quarta-feira (28).

Entenda o caso
Na noite de quinta-feira (22), a mulher teria dado as frutas a dois irmãos, com 7 e 8 anos. Após consumirem os cajus, ambos foram internados em estado grave. O menino mais novo, João Miguel Silva, de 7 anos, teve morte encefálica, conforme informou a Secretaria de Saúde local. O irmão mais velho segue na UTI pediátrica do Hospital de Urgência de Teresina, em estado crítico.

João Miguel da Silva, de 7 anos, faleceu nesta quarta-feira no Hospital de Urgência de Teresina, onde estava internado desde domingo (25) devido ao envenenamento. Tanto ele quanto seu irmão, de 8 anos, apresentaram um quadro grave desde sexta-feira (23). O estado de saúde do irmão mais velho continua crítico. A suspeita do crime, Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, que é vizinha das vítimas, foi presa e teve a prisão preventiva decretada.

As crianças apresentaram sinais de envenenamento e foram inicialmente levadas ao Hospital Nossa Senhora de Fátima em Parnaíba, sendo depois transferidas para Teresina por meio de uma aeronave do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Os médicos realizaram exames para identificar a substância tóxica, mas os resultados ainda não foram divulgados.

Decisão sobre a prisão
O juiz Marcos Antonio Moura Mendes, ao converter a prisão em flagrante em preventiva, destacou a existência de provas materiais e indícios de autoria, como a descoberta de veneno na casa da suspeita, a presença de um cajueiro no quintal de sua residência e relatos de vizinhos sobre agressões às crianças.

De acordo com o delegado Renato Pinheiro, da Central de Flagrantes de Parnaíba, a suspeita negou envolvimento no envenenamento, mas indicou durante a busca em sua casa onde o veneno estava guardado.

Os policiais encontraram, sob uma cômoda, embalagens de uma substância semelhante à estricnina, conhecida popularmente como “chumbinho”, que pode provocar convulsões, espasmos musculares e insuficiência respiratória. A substância ainda está sendo analisada.

Lucélia afirmou que utilizava o veneno para controle de roedores. Tanto o veneno quanto uma sacola com cajus foram apreendidos e encaminhados para análise no Instituto de Criminalística. A suspeita permanece detida na Penitenciária Mista da cidade.

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